É, como já disse antes, não sou tão velho, mas hoje olho a Passarela do Álcool e fico lembrando como era antigamente, mas já na minha época, pois outrora deveria ser ainda bem melhor!
Lembro-me quando saía para brincar com os amigos, ainda nos campos de areia. Bastantes crianças correndo e brincando. Adultos também, pois era um local de práticas esportivas e competições de futebol entre os bairros. Quem se lembra?!
Lembro-me ainda dos pulos no cais, aquele monte de crianças tomando banho, mesmo sabendo da poluição – bem menor que agora – e que os pais não gostariam!
Coisas de criança mesmo! Subindo nos barcos dos pescadores mais bravos da cidade! Rsrs... Nem vou contar as histórias, senão escrevo um livro!
Lembro ainda quando o cais ficava cheio de pescadores, com varas, tarrafas e siripóias, pois ainda dava para pescar.
Lembro-me quando as estruturas do carnaval eram montadas, grandes, com até três andares. Vários trios elétricos, com blocos e muita gente aproveitando o carnaval!
Vi também quando os turistas chegavam aos montes; passarela tão cheia que para se andar de uma ponta a outra demoravam horas. Recordo-me ainda quando o passeio na passarela era uma prioridade para o turista; passear ao longo da passarela ou nela se hospedar para comprar as camisetas, artesanatos e experimentar o capeta nas barracas coloridas e cheias de frutas e drinks com nomes impudicos.
Acho que a minha geração foi a última a ver isso!
Depois dessa época os campos foram substituídos por pedras portuguesas, com um coreto no meio e banquinhos de madeira, banheiro “público” e jardim. Quem se lembra do projeto da passarela, que se olharmos a fotografia aérea enxergamos uma pipa, que até hoje não sei de onde saiu essa idéia.
A Passarela ficou até ajeitada por uns anos, mas aí começou a defasagem.
Atualmente os turistas não vão à Passarela como antes, os receptivos não mais trazem os seus grupos e quando vêm é por um único dia na semana e com hora marcada para os turistas fazerem tudo que quiserem.
Recordo-me também das últimas obras na passarela. A retirada do coreto e uma substituição de paralelepípedos por um bloco hexagonal de concreto. Também não entendo até hoje a razão!
Hoje olho a passarela e a vejo abandonada, com buracos que acumulam águas da chuva. Não vejo lixeiras para a quantidade de lixo que se produz. Não vejo bancos para as pessoas sentarem. Não vejo banheiro público. Vejo o aumento do número de barracas até mesmo no espaço destinado às pessoas caminharem!
Ainda, a passarela é somente é ocupada em sua menor parte. As pessoas que visitam são obrigadas a passear entre as barracas e as lojas, num espaço de mais ou menos 7 metros.
A parte de trás das barracas é um desperdício. Não possui um banco, uma decoração, um jardim. Trata-se de um grande espaço vazio! Totalmente mal tratado, mas com grande potencial, pois é amplo e possui uma das vistas mais bonitas da cidade. A parte final do Rio Buranhém, que se encontra com o mar, onde enxergamos também a ponta do apaga fogo e a barreira de corais que quebram o mar, porém, à noite, por falta de iluminação, não se pode ver nada.
Lembro-me ainda quando o cais tinha postes de iluminação, possibilitando que as pessoas pudessem ficar sentadas, se exercitarem com tranquilidade. Hoje as pessoas que se arriscam nos “pontos” de ônibus – pontos não, local de parada, pois nunca existiu qualquer estrutura para as pessoas que pegam o ônibus na passarela – bem como as que praticam a sua atividade física diária, são obrigadas a dividirem o espaço com flanelinhas e usuários de drogas, pois se tornou um local escuro e ermo, sem qualquer policiamento, totalmente inutilizado!
Quem nunca viu a Lua nascendo, grande e linda, e foi para o cais fotografar ou apenas admirar?! Quem nunca sentou com amigos e com as namoradinhas na época de escola e ficou ali por horas?! Quem nunca voltou da Ilha e Arraial amanhecendo e sentou no cais para tirar fotos do sol nascendo?! Hoje não dá mais, pois não é seguro!
Entrar na passarela e ver uma das vistas que considero a mais bonita da cidade. Quando da altura do píer Municipal, que também está ficando abandonado, podemos ver a curva do cais, com a ponto do apaga fogo ao longe!
O último projeto da passarela eu também me recordo. Não sei de quem foi, mas acredito que deve ter sido de alguém que não é nascido nesta cidade! O projeto alterou o nome de Passarela do Álcool para Passarela do Descobrimento, mas, além disso, nada mais mudou!
Não temos a cultura de praças bonitas e arrumadas, como o restante do mundo. Tanto que as últimas praças reformadas foram projetos de particulares. Nem preciso mencionar quais!
Vejo hoje os turistas caminhando pela passarela, comprando, comendo, bebendo e passeando e quando procuram um lixo para jogar seus copos, guardanapos e cocos não acham lixeiras e os largam em qualquer lugar. Ou quando acham, estão superlotados ou quebrados, pois pequenos e frágeis.
Basta ir à passarela após o término do pequeno movimento que ainda existe em um ou dois dias da semana! Só lixo!
Ainda, os turistas andam a passarela toda e nela não tem um banco para que as pessoas possam se sentar, comer, beber ou mesmo bater um papo. Não tem banheiro público!
As calçadas estão quebradas e tem buracos por toda a parte. Se chover enche de poças d’água! Os turistas têm de desviar dos buracos, quando não tropeçam e se machucam!
Além disso, ressalta-se ainda que a Passarela é tombada pelo Patrimônio Histórico e é nela que se encontra a Secretaria de Turismo desta Cidade!
As barracas aumentam a cada ano, estão espalhadas por toda parte e não há mais separação entre barracas de alimentos e de artesanato. Virou bagunça!
Os barraqueiros foram obrigados a comprar carrinhos que são as próprias barracas e utilizam ruas próximas para guardá-los! Quando guardam tudo bem, mas para evitar as multas por deixarem os carrinhos na passarela além do horário permitido, se é que isso ainda acontece, os carrinhos são largados nas ruas e as diminuem ainda mais, impossibilitando, por vezes, a passagem de carros e entrada nas casas!
Assim é que vejo a Passarela do Álcool, e é assim que vou chamar, pois a mudança não me agradou!
Aqui nasci, cresci me criei e ainda vivo, portanto, não me conformo em ver o ponto turístico mais importante da cidade estar no estado em que se encontra, totalmente abandonado e mal tratado!
Autoridades, vamos fazer alguma coisa! (15 photos)
Lembro-me quando saía para brincar com os amigos, ainda nos campos de areia. Bastantes crianças correndo e brincando. Adultos também, pois era um local de práticas esportivas e competições de futebol entre os bairros. Quem se lembra?!
Lembro-me ainda dos pulos no cais, aquele monte de crianças tomando banho, mesmo sabendo da poluição – bem menor que agora – e que os pais não gostariam!
Coisas de criança mesmo! Subindo nos barcos dos pescadores mais bravos da cidade! Rsrs... Nem vou contar as histórias, senão escrevo um livro!
Lembro ainda quando o cais ficava cheio de pescadores, com varas, tarrafas e siripóias, pois ainda dava para pescar.
Lembro-me quando as estruturas do carnaval eram montadas, grandes, com até três andares. Vários trios elétricos, com blocos e muita gente aproveitando o carnaval!
Vi também quando os turistas chegavam aos montes; passarela tão cheia que para se andar de uma ponta a outra demoravam horas. Recordo-me ainda quando o passeio na passarela era uma prioridade para o turista; passear ao longo da passarela ou nela se hospedar para comprar as camisetas, artesanatos e experimentar o capeta nas barracas coloridas e cheias de frutas e drinks com nomes impudicos.
Acho que a minha geração foi a última a ver isso!
Depois dessa época os campos foram substituídos por pedras portuguesas, com um coreto no meio e banquinhos de madeira, banheiro “público” e jardim. Quem se lembra do projeto da passarela, que se olharmos a fotografia aérea enxergamos uma pipa, que até hoje não sei de onde saiu essa idéia.
A Passarela ficou até ajeitada por uns anos, mas aí começou a defasagem.
Atualmente os turistas não vão à Passarela como antes, os receptivos não mais trazem os seus grupos e quando vêm é por um único dia na semana e com hora marcada para os turistas fazerem tudo que quiserem.
Recordo-me também das últimas obras na passarela. A retirada do coreto e uma substituição de paralelepípedos por um bloco hexagonal de concreto. Também não entendo até hoje a razão!
Hoje olho a passarela e a vejo abandonada, com buracos que acumulam águas da chuva. Não vejo lixeiras para a quantidade de lixo que se produz. Não vejo bancos para as pessoas sentarem. Não vejo banheiro público. Vejo o aumento do número de barracas até mesmo no espaço destinado às pessoas caminharem!
Ainda, a passarela é somente é ocupada em sua menor parte. As pessoas que visitam são obrigadas a passear entre as barracas e as lojas, num espaço de mais ou menos 7 metros.
A parte de trás das barracas é um desperdício. Não possui um banco, uma decoração, um jardim. Trata-se de um grande espaço vazio! Totalmente mal tratado, mas com grande potencial, pois é amplo e possui uma das vistas mais bonitas da cidade. A parte final do Rio Buranhém, que se encontra com o mar, onde enxergamos também a ponta do apaga fogo e a barreira de corais que quebram o mar, porém, à noite, por falta de iluminação, não se pode ver nada.
Lembro-me ainda quando o cais tinha postes de iluminação, possibilitando que as pessoas pudessem ficar sentadas, se exercitarem com tranquilidade. Hoje as pessoas que se arriscam nos “pontos” de ônibus – pontos não, local de parada, pois nunca existiu qualquer estrutura para as pessoas que pegam o ônibus na passarela – bem como as que praticam a sua atividade física diária, são obrigadas a dividirem o espaço com flanelinhas e usuários de drogas, pois se tornou um local escuro e ermo, sem qualquer policiamento, totalmente inutilizado!
Quem nunca viu a Lua nascendo, grande e linda, e foi para o cais fotografar ou apenas admirar?! Quem nunca sentou com amigos e com as namoradinhas na época de escola e ficou ali por horas?! Quem nunca voltou da Ilha e Arraial amanhecendo e sentou no cais para tirar fotos do sol nascendo?! Hoje não dá mais, pois não é seguro!
Entrar na passarela e ver uma das vistas que considero a mais bonita da cidade. Quando da altura do píer Municipal, que também está ficando abandonado, podemos ver a curva do cais, com a ponto do apaga fogo ao longe!
O último projeto da passarela eu também me recordo. Não sei de quem foi, mas acredito que deve ter sido de alguém que não é nascido nesta cidade! O projeto alterou o nome de Passarela do Álcool para Passarela do Descobrimento, mas, além disso, nada mais mudou!
Não temos a cultura de praças bonitas e arrumadas, como o restante do mundo. Tanto que as últimas praças reformadas foram projetos de particulares. Nem preciso mencionar quais!
Vejo hoje os turistas caminhando pela passarela, comprando, comendo, bebendo e passeando e quando procuram um lixo para jogar seus copos, guardanapos e cocos não acham lixeiras e os largam em qualquer lugar. Ou quando acham, estão superlotados ou quebrados, pois pequenos e frágeis.
Basta ir à passarela após o término do pequeno movimento que ainda existe em um ou dois dias da semana! Só lixo!
Ainda, os turistas andam a passarela toda e nela não tem um banco para que as pessoas possam se sentar, comer, beber ou mesmo bater um papo. Não tem banheiro público!
As calçadas estão quebradas e tem buracos por toda a parte. Se chover enche de poças d’água! Os turistas têm de desviar dos buracos, quando não tropeçam e se machucam!
Além disso, ressalta-se ainda que a Passarela é tombada pelo Patrimônio Histórico e é nela que se encontra a Secretaria de Turismo desta Cidade!
As barracas aumentam a cada ano, estão espalhadas por toda parte e não há mais separação entre barracas de alimentos e de artesanato. Virou bagunça!
Os barraqueiros foram obrigados a comprar carrinhos que são as próprias barracas e utilizam ruas próximas para guardá-los! Quando guardam tudo bem, mas para evitar as multas por deixarem os carrinhos na passarela além do horário permitido, se é que isso ainda acontece, os carrinhos são largados nas ruas e as diminuem ainda mais, impossibilitando, por vezes, a passagem de carros e entrada nas casas!
Assim é que vejo a Passarela do Álcool, e é assim que vou chamar, pois a mudança não me agradou!
Aqui nasci, cresci me criei e ainda vivo, portanto, não me conformo em ver o ponto turístico mais importante da cidade estar no estado em que se encontra, totalmente abandonado e mal tratado!
Autoridades, vamos fazer alguma coisa! (15 photos)
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