terça-feira, 6 de agosto de 2013

“O interesse do governo em trazer médicos cubanos é repatriar brasileiros financiados por partidos que foram estudar em Cuba”

Por Augusto Nunes
Entrevistados: Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia
O problema do Brasil não é a quantidade de médicos, mas a má distribuição geográfica dos profissionais, que preferem as capitais e grandes cidades a municípios menores que, além de desprovidos da infraestrutura adequada para o trabalho, carecem de saneamento básico, boas escolas e, eventualmente, acesso à internet. Essa é a radiografia resumida da situação da saúde pública no país feita por Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Temos 400 mil médicos e cerca de 200 escolas de medicina”, constata Cardoso. “Só perdemos para a Índia em número de faculdades”.
Para os dois líderes da categoria, a importação de médicos estrangeiros sempre será bem-vinda, desde que todos passem pelo crivo do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). “Países como Bolívia e Cuba têm escolas de péssima qualidade”, afirma Cardoso. “O real interesse do governo em trazer médicos cubanos é repatriar brasileiros financiados por partidos políticos que foram estudar em Cuba”. Denise avisa que as consequências podem ser desastrosas. E adverte: “O que está em jogo é a saúde da população”.

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