terça-feira, 18 de março de 2014

Afinal, que “gerentona” é esta?

Por Ricardo Setti.


(Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
(Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
Questões nada bizantinas:
A presidente Dilma Rousseff sempre foi louvada e glorificada por seu patrono, Lula, como “a gerentona”, não é mesmo?
No entanto, foi ministra de Minas e Energia durante 30 meses no primeiro lulalato, tinha experiência anterior de cinco anos como secretária do setor no Rio Grande do Sul e, uma vez no Planalto, como presidente, meteu os pés pelas mãos no setor elétrico — que agora precisa ser subsidiado para não quebrar e cujo funcionamento está levando o país próximo a um apagão — e, durante seu mandato, começou o processo de desmoronamento da Petrobras.
Já a hábil negociadora foi ministra-chefe da Casa Civil por cinco longos anos, e debaixo de seu atento olhar aconteceram pelo menos três malfeitos, para usar uma palavra que Dilma popularizou para qualificar maracutaias:
1. Seu braço direito, Erenice Guerra, nadou de braçada e envolveu-se na utilização do cargo para balcão de negócios após assumir;
2. Armou-se, no âmbito da Casa Civil, um dossiê contendo alegadas despesas da família do ex-presidente Fernando Henrique como forma de pressionar a oposição a não ir em frente na CPI que investigava excesso de gastos em cartões de crédito corporativos; o responsável pelo dossiê era um funcionário que se reportava a Erenice, então subchefe da Casa Civil.
3. Há ainda o inesquecível caso da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que denunciou publicamente ter sido pressionada por Dilma, ou a seu mando, para aliviar investigações sobre negócios da família Sarney.
Finalmente, a fantástica presidentA está no último ano de mandato com um crescimento econômico pífio, contas públicas em situação difícil, investimentos estrangeiros diminuindo e a inflação em alta e difícil de domar.

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