terça-feira, 30 de julho de 2013

O vídeo da TV Folha mostra mais quadros da galeria da blasfêmia e comprova que a Fundação José Sarney é um caso de polícia

As pinturas que transformam a Famiglia Sarney e seus parceiros em candidatos à canonização só podem ser fotomontagens, espantaram-se alguns leitores da coluna. O vídeo da TV Folha prova que a galeria da blasfêmia é real, embora pareça mentira. E deixa claro em apenas 5:38 que a fundação que cultua a memória do dono do Maranhão é um caso de polícia à procura do merecidíssimo castigo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Toma posse primeira vereadora espanhola com Síndrome de Down!!!



Valladolid (Espanha), 29 jul (EFE).- Uma emocionada Ángela Bachiller se tornou nesta segunda-feira a primeira vereadora com síndrome de Down da Espanha, na cidade de Valladolid, de 311.000 habitantes.

Ángela tomou posse no meio de uma grande expectativa e admiração dos vallisoletanos por sua "coragem" e seus anos de luta pela normalização e integração de pessoas portadoras de necessidade especiais, como ela.

A jovem auxiliar administrativa, sentada hoje nas cadeiras do Partido Popular (PP), de centro-direita, com sua medalha de vereadora ao pescoço, é a imagem da igualdade, e vai ser uma vereadora mais "preparada", "educada", "discreta", como a definiu sua mãe Isabel Guerra.

Ángela jurou lealdade ao rei Juan Carlos I e a cumprir a Constituição diante dos flashes de muitos membros da imprensa interessados em registrar o momento inédito.

Ángela Bachiller se candidatou às últimas eleições municipais de Valladolid, que aconteceram em maio de 2011, na lista do PP, e após a renúncia do vereador Jesus García Galván, acusado de corrupção urbanística, se apresentou para ocupar a vaga.

"Obrigado por tudo, por terem confiado em mim", disse ao término da sessão plenária, em entrevista coletiva, acompanhada do prefeito de Valladolid, Javier León de la Riva, tão emocionada que não conseguiu dizer mais nada.

León de la Riva disse que o caso de Ángela é um exemplo da política da prefeitura a favor da integração dos portadores de deficiência, e lembrou que na última legislatura teve o primeiro cadeirante da Espanha.

Sua família "lutou desde o minuto em que nasceu", disse à imprensa a mãe da nova vereadora.

Isabel Guerra, enfermeira de profissão, se mostrou orgulhosa da filha, por sua "coragem" e por "não jogar a toalha", embora reconheça que nunca tenha imaginado que pudesse chegar a ser vereadora.

A receita para alcançar essa posição na vida foi "muito amor, muita disciplina, muito trabalho e uma vida normal em tudo", disse a mãe de Bachiller. E o conselho materno é para que Ángela aprenda e desfrute desta experiência como vereadora para que o passo dado "deixe de ser visto como extraordinário e passe a ser normal".

Neste dia tão especial, Ángela Bachiller esteve cercada pelos pais, sua irmã Lara, seus avôs Juani e Ángel, que mesmo aos 86 anos não abriram mão de ver este momento, e seus companheiros da Associação Síndrome de Down. 

Para a oposição, Dilma admite governar à sombra de Lula!!!



Lula com Dilma: segundo a oposição, a presidente demonstra "fragilidade" ao deixar-se tutelar pelo antecessor (Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula)
A oposição reagiu à entrevista em que a presidente Dilma Rousseff, no jornal Folha de S. Paulo, afirma que não haverá o “Volta Lula” porque ele nunca teria saído.
Para os líderes da oposição, Dilma mostrou fragilidade ao admitir que age à sombra de Lula.
Em sua página de rede social, o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a “obsessão” de Dilma pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, citado duas vezes na entrevista, e considerou que Dilma anunciou ao país que “o governo não fará nenhum esforço no sentido de diminuir sua estrutura e, com isso, reduzir o seu custeio”.
Na entrevista, a presidente negou todas as dificuldades econômicas apontadas inclusive por parlamentares de sua base e pelo próprio Lula, e garantiu que o governo cumprirá a meta de inflação pelo décimo ano consecutivo.
E lembrou que Fernando Henrique não cumpriu a meta em três dos quatro anos dele em que a meta vigorou.
Fernando Henrique está em viagem à Europa, segundo sua assessoria, e Lula não quis comentar a entrevista.
“Parceria” é exaltada
“Ao insistir em comparar o seu governo com a gestão do ex-presidente, a presidente Dilma zomba da inteligência dos brasileiros ao tratar apenas de números absolutos, ignorando as gigantescas diferenças entre as conjunturas das duas épocas”, defendeu Aécio.
“O sentimento que fica ao final da entrevista é o de um governo incapaz de novas iniciativas, refém das circunstâncias que o cercam. Enfim, um governo que chegou ao seu final de forma extremamente prematura”, acrescentou.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), exaltou a parceria entre Dilma e Lula . Para o petista, no início do governo houve uma tentativa de despregar a imagem do ex-presidente à nova gestão.
— Lula, Dilma e o PT são três seres que não se separam, nem na alegria, nem na dor. O que a presidente disse é a expressão do sentimento que perpassa toda a base do PT. No início do governo, houve uma tentativa de dissociá-la do Lula, como se tudo que ele tivesse feito não servisse e ela fosse a gestora que iria mudar as coisas, mas isso não colou.
O deputado reforçou, no entanto, que associar Lula a Dilma não significa que será indiferente para o partido qual dos dois será o candidato em 2014:
— A Dilma é a candidata do PT, não é o Lula. Ele terá o papel de nosso porta-estandarte, de sair pelo Brasil mostrando nossas realizações.
Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a declaração de Dilma sobre a indissociabilidade com Lula confirma o que a sociedade brasileira já desconfiava:
— Ela é uma marionete, o poder é exercido, nas sombras, por Lula. Isso é muito ruim, nenhum país consegue ser bem administrado por alguém que está nas sombras. E deu uma demonstração de que o governo dela é guiado pelo fisiologismo. Ela só consegue montar sua base em função de tantos ministérios para distribuir entre os petistas e aliados. É puro clientelismo, não tem nada de interesse público nisso. Tudo o que ela diz é uma demonstração de quão incompetente e inepto é o governo dela.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que as declarações da presidente são uma tentativa de dividir com Lula e o PT a responsabilidade pelos “acertos e desacertos” de seu governo, em um momento de queda brusca de popularidade.
— Ela colocou claramente que a responsabilidade pelo malogro do governo não é só dela. É uma forma de se associar ao Lula e ao PT para dividir seu insucesso. Ela resolveu adotar um discurso demagógico. Basta olhar o resto do mundo: só países de quinta categoria têm tantos ministérios. Dá para cuidar das minorias sem esses ministérios que, até hoje, não mostraram a que vieram — disse Agripino.
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), concorda com a presidente quando ela associa seu governo a Lula. Para o deputado, o sucesso e o fracasso de um são estendidos ao outro.
— Realmente, não dá para separar uma coisa da outra, então não existe volta Lula e fica Dilma, não dá para dissociar. A responsabilidade já é comum, não pelos motivos que ela coloca, mas porque, para o eleitor, ela foi escolhida e bancada pelo Lula.
Cunha, que é autor de uma PEC para limitar o número de ministérios, criticou a presidente por ter se posicionado contrária à diminuição de pastas.
— Vamos manter nossa proposta, existe um simbolismo em reduzir, porque você passa para a população que quer cortar gastos. Com menos ministérios, temos menos ministros, menos secretários-executivos e menos pessoas usando avião da FAB.
Os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva foram procurados pelo GLOBO e não foram encontrados. A assessoria de Campos não retornou as ligações, e a de Marina informou que, por ser domingo, ela estaria com a família e não iria comentar

domingo, 28 de julho de 2013

‘O dilmês aconchegante do adeus a Dominguinhos é o contraponto lírico ao dilmês delirante do Mineirão fantasma’


CELSO ARNALDO ARAÚJO
Dou-lhe o benefício da dúvida. Não foi propriamente uma mentira, mas uma licença poética. Ou cinematográfica. Fã confessa do bonitão Kevin Costner, talvez tenha se inspirado no filme “Campo dos Sonhos” para imaginar que, “ainda criança”, assistia a jogos do Atlético no Mineirão, inaugurado quando ela já estava às portas dos 18 anos e com a cabeça em outro lugar que não uma arquibancada de estádio de futebol ─ local, de resto, que meninas absolutamente não frequentavam nos anos 60.
Hoje, aos 65 anos, a cabeça continua em outro lugar ─ embora não se saiba onde. Quando fala sobre qualquer assunto, futebol naturalmente incluído, Dilma dá a nítida impressão de não saber nada de coisa alguma. Bem: nítida, no caso, é só força de expressão.
Mas por que Dilma precisa fingir ser torcedora símbolo do Galo desde criancinha quando faria poesia ficando calada? Porque o pessoal do Ministério da Comunicação Social e os marqueteiros do Planalto fazem um esforço sobre-humano para fazê-la parecer humana, sensível e antenada com tudo e todos. Como isso é impossível ao nível da oralidade, por sua irremediável incapacidade de articular um único pensamento inteligente sobre qualquer assunto, fazem-na assinar notinhas presidenciais que o Planalto dispara à tolerância da mídia, dentro da lógica meridiana de que mentiras sinceras interessam e impressionam: feitos e vitórias merecem mensagens de congratulação; perdas e mortes, de pesar. Simples assim ─ como se o conteúdo dessas mensagens burorráticas de Dilma correspondesse a sentimentos e conhecimentos genuínos.
E a vida dessa Dilma não é fácil. Na véspera da conquista do Atlético, ela precisou dar conta de dois falecimentos ilustres: Djalma Santos e Dominguinhos. Sobre ambos, em vida, Dilma não sabia mais do que sabem pessoas comuns. O primeiro foi jogador de futebol. O segundo, sanfoneiro. Dados os antecedentes, nem se imagine a presidente improvisando detalhes biográficos dessas duas personalidades desaparecidas no mesmo dia. Falando sobre Pelé, que é Pelé, já é um desastre. Em entrevista durante o marco dos mil dias para a Copa de 2014, no próprio Mineirão, ao lado do Rei, ela disparou:
“E dizer que nós estamos aqui, nos mil dias, com um especialista em mil, especialista pelos seus 1.283 gols. E nós todos aqui vamos convir que um especialista em mil dá muito orgulho pro nosso país”.
Traduzindo: a cada mil pessoas, uma é Pelé. Sobre Djalma… Bem, uma nota oficial é sempre mais segura. Provavelmente não é Dilma quem escreve as notas que assina. Ela, é claro, dá seus pitacos ─ deve ter sido o caso do “Mineirão desde criancinha”. Mas seus redatores invariavelmente capricham na banalidade, com informações redundantes ou desnecessárias, na intenção de transmitir familiaridade presidencial com a biografia do vencedor ou do falecido ─ sempre acrescidas de uma tirada que soe mais criativa. E, justiça seja feita, quase sempre soa como Dilma escrita.
O começo da nota de Dilma sobre o maior lateral-direito do futebol brasileiro poderia iniciar qualquer obituário que comportasse a imortalidade de um clichê, bastando trocar a área de atuação do falecido:
“O futebol está de luto”.
E, depois da afirmação inédita de que Djalma era lateral e foi bicampeão do mundo, vem o toque de classe. Segundo Dilma, ele “nunca foi expulso mesmo tendo de marcar os melhores jogadores de sua época”. Ou seja: nunca precisou marcar os piores. Craque é craque.
Ok, futebol não é o forte da presidente. Para quem se encantou com a finada caxirola, a música é. A nota sobre Dominguinhos poderia começar com “A música está de luto”. Mas não. Que tal “O Brasil perdeu ontem José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, um talento natural que orgulha a música brasileira”? Intimidade com o pranteado é isso: revelar que Dominguinhos tinha um nome pelo qual ninguém o conhecia. E é bom saber que José Domingos de Moraes tinha talento natural e não de outro.
Prossegue o obituário presidencial: “Compositor, arranjador, alegria em pessoa, Dominguinhos foi ─ ao lado de Luiz Gonzaga ─ um preservador da arte da sanfona”. Dominguinhos, um preservador. Não é uma solução, mas pelo menos rima com compositor e arranjador.
E para os fãs que choram a alegria em pessoa de Dominguinhos ─ e é a eles que Dilma, ao fim da nota, destinará “minha solidariedade nessa hora de dor” ─ é preciso demonstrar que ela conhece os principais hits do artista: “Domingos deixa para cada brasileira, cada brasileira, músicas como De Volta pro AconchegoIsso Aqui tá Bom Demais e Eu Quero um Xodó“.
E então vem o toque especial, autoral, tipico das notas fúnebres do Planalto:
“Deixa na mala bastante saudade”.
Pode soar estranho para quem não conhecia Dominguinhos tão bem como Dilma. Mas tente lembrar dos primeiros versos de “De volta pro aconchego”.
“Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade”
Entendeu? Quem trouxe saudade na mala, a deixa quando parte. A isso se chama dilmês aconchegante ─ contraponto lírico ao dilmês delirante do Mineirão fantasma.

ACM Neto: de algoz a parceiro do PT!!!

Crítico feroz do governo Lula no Congresso Nacional quando era deputado, o prefeito de Salvador agora se dá bem com os petistas - e não quer nem falar em política

Gabriel Castro, de Salvador
ACM Neto
METAMORFOSE - ACM Neto atacando o governo Lula na tribuna da Câmara dos Deputados, e, agora, no cargo de prefeito de Salvador (Abr e Fotoarena)
Na última quinta-feira, o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, convocou uma entrevista coletiva para anunciar o início da integração entre as linhas de ônibus da capital. Sentado à mesa da sala de reuniões da prefeitura, o vereador Henrique Carballal, um dos três presentes ao anúncio, pediu a palavra após a fala do chefe do Executivo. Os repórteres ainda estavam lá. "Eu quero parabenizar o prefeito pela inciativa", disse o parlamentar. A história se torna surpreendente porque o vereador é filiado ao PT, o maior adversário do DEM de ACM Neto.

O gesto de Carballal foge à regra. Mas é preciso dizer que a recíproca é verdadeira: desde que assumiu o comando da capital da Bahia, no início do ano, o herdeiro político de Antônio Carlos Magalhães despiu-se do figurino de adversário tenaz do governador Jaques Wagner (PT) e da presidente Dilma Rousseff. Entrou em cena uma versão "suave" de ACM Neto, que em nada lembra os tempos de algoz do governo Lula no Congresso Nacional.

Parte desse clima de união vem da unanimidade causada pela desastrosa gestão de João Henrique (hoje no PP), o antecessor de ACM Neto. A posse do jovem de 34 anos parece ter dado novo ânimo à política local.  Mas essa não é a única explicação para a nova postura do administrador da cidade: o prefeito herdou uma administração com problemas financeiros graves, impossibilitada de realizar convênios com a União por causa da inadimplência. O prefeito não pode abrir mão do apoio estadual e federal. ACM, que agora até deixa escapar um "presidenta", como Dilma gosta de ser chamada, garante que não mudou de opinião - só não pode fazer política na prefeitura.

Na última quinta-feira, quando o site de VEJA conversou com ACM Neto, o prefeito só queria falar de sua gestão. Nada de política. "Neste momento a gente precisa ter uma relação construtiva, parceira, pensando na cidade. Eu não vou ficar fazendo política", disse, enquanto se preparava para uma cerimônia em que anunciaria a construção do primeiro multicentro de saúde da cidade.

Em quase dez anos de atuação, iniciados no momento em que o PT chegava ao governo federal, ACM Neto se destacou pela ênfase com que fez oposição. "O presidente da República, ou qualquer um dos seus que tiver coragem de se meter na minha frente, assim como disse o senador Arthur Virgílio, tomará uma surra", afirmou o então deputado em 2005, durante o escândalo do mensalão.

Agora, o discurso é outro. "Eu não retiro nada das coisas que foram colocadas por mim ao longo de dez anos. Mas uma coisa é o papel do parlamentar de oposição, principalmente do líder de oposição. Outra coisa é o  papel do prefeito", argumenta.

Memória: ACM Neto vence o PT e é eleito prefeito de Salvador

Ao mesmo tempo em deixa as portas abertas com o PT, o prefeito soteropolitano mantém uma bem costurada aliança com o PMDB de Geddel Vieira Lima, ex-deputado e atual vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Geddel apoiou ACM Neto em 2012, e em 2014 o prefeito deverá pagar a dívida na disputa pelo governo estadual.

ACM Neto tem ciência de que sua vitória na terceira maior capital do país deu sobrevida ao DEM, que sofreu sucessivos revezes nos últimos anos. "É claro que eu, como uma pessoa partidária, com tantos amigos no DEM, não desconheço o peso que a nossa administração tem para o partido, inclusive como uma vitrine", afirma. Além de Salvador, a única capital comandada pela sigla é Aracaju, cuja população é bem menor - cerca de 600.000 pessoas contra 2,6 milhões.

Apesar de o prefeito já ter anunciado que não vai concorrer ao governo em 2014, ele aparece acima dos outros possíveis candidatos nas pesquisas de intenção de voto. A depender da gestão que fizer na capital baiana, ACM Neto sabe que vai se credenciar para um passo além. "O meu horizonte aqui é o que eu vou fazer amanhã por Salvador", diz. O prefeito não tem pressa porque possui um trunfo natural: a idade. Os possíveis adversários no caminho são de outra geração. Os petistas Nelson Pelegrino e Walter Pinheiro têm 53 anos. Geddel Vieira, 54. A senadora Lídice da Mata, do PSB, 57. E o governador Jaques Wagner, 62.

A ascensão do prefeito de Salvador, concomitante à decadência do DEM, motivou boatos sobre uma possível mudança de ACM Neto para o PMDB. Ele não quer nem ouvir falar do assunto. "Já disse que não vou discutir política", atalhou. "Muito menos para especular sobre uma coisa desse tipo."

sábado, 27 de julho de 2013

O “volta Lula” é coisa de uma multidão de gente que quer salvar o próprio couro


Por J. R. Guzzo.

Sindicalistas usaram faixas para pedir volta de Lula à Presidência, em festa de 1º de Maio (Foto: Epitácio Pessoa / Estadão)
Sindicalistas usaram faixas para pedir volta de Lula à Presidência, em festa de 1º de Maio (Foto: Epitácio Pessoa / Estadão)
Artigo publicado em edição impressa de VEJA
VAI PASSAR
Nunca se viu até hoje o caso de dois cachorros que tenham trocado, de livre e espontânea vontade, o osso de um pelo osso do outro, ensina Adam Smith. Ninguém como o velho Smith para dizer certas verdades.
No caso, ele falava do livre-comércio — uma característica exclusiva do ser humano, assim como a palavra, a escrita e outras coisas que distinguem os homens dos animais. O pensador escocês que informou ao mundo, mais de 200 anos atrás, que o capitalismo existia, explicou como funcionava e demonstrou por que era indispensável para a evolução racional da sociedade, ia direto ao ponto em matéria de economia — mas sua clareza é a mesma quando transportada para a política.
Nenhum partido, em nenhuma democracia do mundo, entra numa eleição para perder. Não quer trocar seu osso com ninguém, quando está no governo — e quando está fora não quer trocar nada, e sim tirar o osso de quem está dentro. O Brasil, é claro, vive segundo essa mesma regra. Mas a história, aqui, é muito mais quente, porque o osso em disputa é muito maior.
Perder uma eleição lá fora é ruim — mas no fim é apenas isso, uma derrota. Aqui não. Se o PT perder a eleição presidencial de 2014, seja com a presidente Dilma Rousseff ou com o ex-presidente Lula, vai haver um terremoto na vida pessoal de dezenas de milhares de pessoas, possivelmente muito mais, a começar por seus bolsos. No caso, iriam embora o governo, os anéis e os dedos.
É disso, e só disso, que se trata. Fala-se uma enormidade, e cada vez mais, sobre o “quadro sucessório”; todo mundo “trabalha com a hipótese” de alguma coisa. (É uma das curiosidades da nossa atual linguagem política: aboliu-se o verbo “pensar”. Hoje o indivíduo não pensa — só “trabalha com a hipótese”.)
Mas o que está valendo mesmo, no jogo a dinheiro, é a corrida de uma multidão de gente para salvar o próprio couro. Até dois ou três meses atrás, esse era um problema inexistente: o governo tinha certeza de que Dilma “estava eleita já no primeiro turno”. Mas a coisa mudou de repente, e o medo de perder invadiu o PT e a base aliada.
Já apareceu um “volta Lula”, tramado no escuro por ele mesmo, para desmanchar a candidatura de Dilma à reeleição; e os aliados, assim que sentiram o primeiro cheirinho de pólvora no ar, voltaram ao bazar de compra e venda do seu apoio.
As perdas materiais, aí, envolvem gente que não acaba mais. Quantos serão? É difícil saber ao certo. Entram, logo de cara, além dos 39 ministros que pretendem estar no próximo governo, perto de 25 000 funcionários de “confiança” nomeados livremente pelo presidente e sua turma — aos quais se devem somar os empregos que podem dar nas empresas estatais.
Muitos desses cargos são coisa de cachorro grande: a prova mais recente foi a batalha que o senador Fernando Collor (“aliado”) travou para substituir os ocupantes de dois empregos na Petrobras por gente sua. Brigou e levou: Dilma, que já não tinha escolhido os dois que estavam lá, também não escolheu os seus substitutos, em mais um belo retrato de como funciona seu governo.
Some-se a isso a grossa maioria dos 594 deputados federais e senadores, e a miudeza política que sobrevive nos subúrbios mais distantes do poder central. Não se pode esquecer, é claro, todo o mundo multibilionário e opaco dos fundos de pensão gerenciados pelo PT e chefes sindicais — adicione-se a eles, aliás, a nata do mundo sindical petista.
Multiplique-se, enfim, tudo isso pelo número de parentes, amigos, amantes, sócios etc. dessa turma, e já estamos falando numa quantidade de gente na casa dos seis algarismos. O leitor fica convidado a fazer sua conta pessoal.
Falta acrescentar, ainda, os privilégios dos donos do poder, e que valem tanto quanto dinheiro sonante. Um caso, entre milhares, ajuda a entender com perfeita clareza por que é indispensável, para o PT e a base aliada, manter o governo em 2014. Trata-se da última obra que o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, colocou em sua biografia.
Cabral, que há anos vive ajoelhado diante de Lula, mandou buscar seu cachorro “Juquinha”, em sua casa de praia em Mangaratiba, num Agusta AW109 Grand New que faz parte da frota de sete helicópteros do governo estadual, mantidos ao custo estimado de 10 milhões de reais por ano.
República? Está mais para corte de Maria Antonieta tropical. Ao povão do Rio, nessa fantasia, fica reservado o papel dos barões famintos e napoleões retintos que desfilam no samba Vai Passar, de Chico Buarque.
Talvez esteja aí, no fundo, o problema real da política brasileira de hoje. Se o PT cair fora, quem vai mandar o helicóptero buscar “Juquinha” em Mangaratiba?

Campus Fidei foi erguido sobre manguezal considerado Área de Preservação Permanente.


Lamaçal na área destinada ao Campus Fidei, em Guaratiba Foto: Luiz Roberto Lima/Extra
Lamaçal na área destinada ao Campus Fidei, em Guaratiba Luiz Roberto Lima/Extra
RIO - O terreno de 1,8 milhão de metros quadrados, em Guaratiba, na Zona Oeste, onde a prefeitura e a organização da Jornada Mundial da Juventude ergueram o Campus Fidei, é considerado uma Área de Preservação Permanente (APP). De acordo com a promotora Christiane Monnerat, da Promotoria de Meio Ambiente, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) constataram em laudo que a região era um manguezal e não poderia ter sido aterrado. Na tarde desta sexta-feira, uma equipe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) voltou ao local para realizar uma perícia complementar e verificou que a licença de instalação concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) venceu no último dia 19.
A investigação conjunta da DPMA e da Promotoria de Meio Ambiente apura, ainda, denúncias de que o terreno já vinha sendo aterrado irregularmente antes da autorização do Inea:
— Há denúncias de que integrantes de milícias que atuam naquela região já estariam promovendo o aterro e o loteamento irregular de parte da área de manguezal. O laudo feito no início do ano mostra que havia um acúmulo de aterro de construção sobre trechos da vegetação. Além disso, dezenas de árvores foram cortadas, aumentando os danos ao ecossistema — disse.
Christiane Monnerat ressalta que o inquérito policial também vai apurar responsabilidades na concessão da licença para o aterro e terraplanagem na APP.
Iniciada em dezembro passado, a investigação identificou sete empresas que figuram como proprietárias do terreno. Apesar de uma das denúncias apontar que o local pertenceria ao empresário Jacob Barata, seu nome não consta da composição societária de nenhuma das firmas. Na próxima semana, os sócios das empresas e o responsável pela concessão de licença do INEA serão chamados para prestar esclarecimentos na DPMA.
Do Jornal o Globo.















































Dilma adultera a idade e vira criança aos 18 anos para pegar carona na vitória do Atlético!!!


Foto: Bruno Sales
Ainda grogue com a vaia no estádio Mané Garrincha, ainda fingindo que foi por falta de tempo que não viu na tribuna do Maracanã a vitória do Brasil na final da Copa das Confederações, Dilma Rousseff resolveu pegar carona na conquista da Libertadores pelo Atlético Mineiro. E enviou ao time campeão a seguinte mensagem:
“O Brasil acordou alvinegro com o título do meu querido Clube Atlético Mineiro de campeão da Taça Libertadores. Aprendi a gostar de futebol indo, ainda criança, ao estádio do Mineirão assistir aos jogos do Atlético. Parabéns aos jogadores, à comissão técnica e a nossa torcida, que conquistou a admiração de todos os brasileiros. Parabéns não apenas pela vitória. Parabéns por, mesmo diante de um resultado adverso, não desistirem, não esmorecerem e, por isso mesmo, se superarem”.
O segundo trecho assinalado em negrito foi fulminado pelo nosso Antonio Vieira. “A descarada intenção de querer associar os impasses em que está metida com os obstáculos que o Galo enfrentou é também de incalculável caradurismo”, constatou o comentarista. “A trajetória dos atletas mineiros se deu em escrupuloso respeito às regras do jogo. Perderam e ganharam limpamente. Não houve qualquer violação ao regulamento nem às normas da ética esportiva”.
Depois de matar a bola no peito, Antonio Vieira entrou na pequena área em alta velocidade: “Mesmo os tradicionais adversários do Atlético reconhecem os méritos da conquista, e o papel relevante cumprido pela torcida alvinegra, em notável relação de confiança construída ao longo do tempo. Não houve gol de mão, ou gol de impedimento, ou gol ilegal sob qualquer aspecto. Dona Dilma, ao contrário, pauta seu comportamento pela permissão de fazer o diabo para vencer uma disputa”.
Quem faz o diabo para levar vantagem em tudo decerto acha que mentir é pecado venial. Ou nem isso, sugere o primeiro trecho em negrito. Releiam: a presidente jura que aprendeu a gostar de futebol “indo, ainda criança, ao estádio do Mineirão assistir aos jogos do Atlético”. Esqueceu de combinar com o calendário gregoriano.
Nascida em dezembro de 1947, Dilma estava a dois meses dos 18 anos  quando o Mineirão foi inaugurado em setembro de 1965. Já não tinha nada de criança: era quase uma adulta. E nunca foi vista vibrando em arquibancada de qualquer estádio. Desde os 16 passava os domingos não em campos de futebol, mas enfurnada nas reuniões da turma decidida a trocar a ditadura militar pela ditadura comunista.
Dilma Rousseff nunca se emocionou com o preto e branco. Sempre amou o vermelho.
Por Augusto Nunes

sexta-feira, 26 de julho de 2013

“Prendam os médicos”


PRENDAM OS MÉDICOS !
Por Milton Simon Pires, médico intensivista em Porto Alegre
Em 1953 o título desse meu artigo era manchete no antigo Pravda, jornal oficial da extinta (para tristeza de alguns) União Soviética.
Acontece que Stalin, no seu apelo constante ao terror para controlar o país, propagou a idéia de que existia então um complô, que incluía a CIA e os médicos judeus, com objetivo de assassinar todos os grandes líderes do Partido Comunista da URSS.
Não é preciso dizer que a fraude não durou muito. Regimes totalitários apelam para esse tipo de coisa quando percebem seu poder ameaçado – o PT não é exceção.
Seja prendendo os médicos como fez Stalin ou obrigando a maior população do mundo (chinesa) a matar pardais como fez Mao, o objetivo é um só – desviar a atenção da opinião pública daquilo que é a verdade.
Já disse mais de uma vez que há médicos SUFICIENTES no Brasil. Já expliquei que somos mal pagos e que tememos trabalhar sem condição alguma. Vários outros médicos e organismos ligados à medicina fizeram o mesmo – nada adiantou.
Chegou portanto a vez do Ministro Joaquim Barbosa dar dez dias ao governo federal para explicar qual sua intenção com o Programa Mais Médicos. Apresentou-se também a necessidade do Conselho Federal de Medicina ingressar na Justiça contra essa ideia absurda, mas o que ninguém percebe é que uma coisa não volta mais – a confiança da classe médica nessa gente do governo Dilma.
Tanto faz qual vai ser o desfecho dessa confusão toda – acreditar nas intenções deles nenhum médico brasileiro vai novamente. Quem, em menos de trinta dias, tenta trazer 6.000 médicos cubanos, aumenta a duração do curso de Medicina em dois anos, e veta o Ato Médico nos declarou “guerra sem volta”.
Os petistas querem “médicos especialistas em gente” e têm a audácia de se apresentar como “gente especialista em médicos” !
Estou cansado de defender meus colegas e atacar o governo petista. Agora já é tarde demais e nem o governo nem a população vão nos apoiar em qualquer coisa.
O recado aqui vai ser mais curto. Dessa vez vai para população e para algumas classes de “profissionais da saúde” que vêm aproveitando a situação para afirmar que “somos orgulhosos”, “não gostamos de pobres”, “de morar no interior” , nem de “trabalhar em equipe”. Chutar cachorro morto é fácil, né “cumpanheros”?
Não se enganem, meus caros “amigos”, nós médicos somos apenas os “primeiros da fila”.
Não os convoco em nome da solidariedade, mas sim da pura inteligência – caso vocês acreditem que tem alguma. Somos apenas a “bola da vez”.
Um governo desses não respeita ninguém – não interessa que seja médico, enfermeira, advogado, ou “astronauta”. Hoje somos nós; amanhã serão vocês!
Em relação aos pacientes..bem com os pacientes meu discurso é mais simples. Provem que os médicos estrangeiros vêm para o Brasil e daí surgirão novos hospitais e eu rasgo tudo que escrevi.
Até lá vou continuar “sendo orgulhoso” e “não gostando de pobres” como tem sido sustentado pelo “Jornalismo do B” que agora domina o país.
Nunca foi tão fácil culpar alguém sem ter sequer necessidade de mandar prender – a internet faz um serviço mais rápido e eficaz.
Pena, para Stalin, que o ditador russo não contava com ela…
Meus colegas russos morreram de frio na Sibéria; meus colegas brasileiros vão contrair malária na Amazônia…Temperatura diferente; mas sempre a mesma história.
Porto Alegre, 21 de julho de 2013 AVC (antes da vinda dos cubanos)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

MORRE CANDEEIRO, ÚLTIMO CANGACEIRO DE LAMPIÃO.

24 julho 2013 | por  em Brasil, Destaque, Pernambuco às 14:40


candeeiroMorreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque.
Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.
No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os “macacos”, quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.
Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. “Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou, em entrevista concedida ao Diario: ‘sua cidade me deu um homem valente, Jararaca’”.
Candeeiro dizia que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destacou que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.
No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. “Desci atirando, foi bala como o diabo”. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costumava dizer que foi “história de sofrimento”.
Fonte: Diário de Pernambuco

As pernas curtas da mentira

ESCRITO POR GRAÇA SALGUEIRO | 05 ABRIL 2012 
Graça Salgueiro revela quem é Carlos Beltrão do Valle, o falso órfão que gritava histrionicamente “eles mataram meu pai!” durante a série de agressões cometidas contra militares da reserva, no dia 29, no Rio. A jornalista também traz informações sobre Luiz Felipe Monteiro Garcez, o “Pato”, petista de carteirinha que covardemente cuspiu no coronel-aviador Juarez Gomes.

No passado 29 de março, o País viu estarrecido uma manifestação grotesca, abjeta e vil, onde primaram o desrespeito e a falta de educação por parte de uma turba de aproximadamente 300 pessoas, a maioria jovens entre 16 e 20 e poucos anos, que agrediam com insultos e cusparadas a octogenários militares que entravam ou saíam do Clube Militar.
Chamou-me a atenção em particular a forma teatral como se manifestavam, sem perceber que serviam de idiotas úteis para interesses outros, desconhecidos deles. Não foi surpresa tomar conhecimento, depois, que os “manifestantes pela verdade” foram pagos para representar, não se sabe por quem, embora possamos imaginar. Um oficial que participou infiltrado entre os manifestantes viu e ouviu ao final da balbúrdia um homem de terno e gravata que telefonava para alguém e relatava sua satisfação com o “sucesso” do evento. Elogiava o “vigor” com que os manifestantes gritavam e mostravam ódio aos militares - embora sequer soubessem quem eles eram e muito menos quais seriam seus “feitos assassinos” - e pedia ao interlocutor que enviasse o dinheiro rapidamente para pagar pelos bons serviços prestados da turba delirante.
 Cel-Amerino-heri-da-FEB
Coronel de Artilharia (R) Amerino Raposo Filho, integrante da Força Expedicionária Brasileira, é agredido verbalmente por "estudante" comunista que sequer sabe quem é e o que fez este herói nacional.
Na nota que escrevi antecedendo o artigo do Aluizio Amorim, me perguntava perplexa se não seria uma cena teatral aquele rapaz que aparece no vídeo deitado no chão, gritando para os policiais “eles mataram meu pai!”, uma vez que ele é muito jovem para que tal fato acontecesse no período em que os militares governaram. Com a ajuda de um grupo de amigos descobrimos que, de fato, tudo não passava de encenação. O jovem, supostamente órfão, chama-se Carlos Beltrão do Valle, tem 29 anos, cursa o mestrado de “Memória Social” e tem pai, além de uma irmã e um irmão, todos vivos, saudáveis e trabalhando.
Seu pai, o engenheiro Romildo Maranhão do Valle, foi membro do Partido Comunista Revolucionário Brasileiro (PCBR), uma dissidência guerrilheira do PCB fundada em 1964. Seu tio, Ramires Maranhão do Valle, também fazia parte da organização terrorista e foi morto em 27 de outubro de 1973, quando entrou em confronto com a Polícia, na Praça Combate, em Jacarepaguá. Ranúsia Alves Rodrigues havia sido presa naquela manhã e já no primeiro depoimento contou os vários assaltos que o bando havia praticado e que naquela noite haveria um “ponto” [1] no local acima citado. Na chegada ao ponto, Ranúsia e os policiais foram recebidos a bala, havendo o confronto no qual os quatro integrantes do Comando Central (Ranúsia, Ramires, Almir e Vitorino) morreram.
Portanto, "a família inteira assassinada pelo Regime Militar", por quem este rapaz clama no vídeo para justificar sua presença naquele ato de vandalismo, resume-se a um tio seu, que ele sequer conheceu, e que não era nenhum homem de bem, mas um terrorista morto em combate e que havia assassinado o delegado Octávio Gonçalves de Oliveira, covardemente pelas costas, numa ação conjunta com a ALN e a VAR-PALMARES, em 25 de fevereiro de 1973. Teria assassinado covardemente, também pelas costas, Salatiel Teixeira Rollins, ex-membro do Comando Central que havia saído da prisão um ano antes, em 22 de julho de 1973; participou do assalto ao Banco Francês-Brasileiro em Porto Alegre, em 14 de março de 1973; em 4 de junho, junto com a ALN e a VAR-PALMARES, do assalto ao “Bob’s” de Ipanema; e, em 29 de agosto do mesmo ano, do assalto a uma clínica médica em Botafogo, no Rio [2]. 
Quanto ao rapaz que desfere uma cusparada no coronel-aviador Juarez Gomes, quando saía do evento no Clube Militar, é um desocupado profissional, de 25 anos de idade, de nome Luiz Felipe Monteiro Garcez, cognome “Pato”, estudante do curso “Produção Cultural” do IFRJ desde 2010 e freqüentador do Diretório do PT no Rio de Janeiro. Seu último emprego foi um cargo comissionado de Assistente Executivo de Projetos Especiais no município de Maricá (RJ), nomeado pelo prefeito Washington Luiz Cardoso Siqueira, do PT.
Em seu blog “Pato” escreveu em 2008: “Fiz parte do movimento estudantil secundarista. Hoje porém por culpa dos estudos acabei me afastando dele. Porém pretendo me engajar no movimento estudantil universitário” (sic). E ainda em seu mural do FaceBook ele admitiu orgulhoso, várias vezes, que cuspiu em um idoso indefeso e que sequer lhe dirigiu a palavra, e o faria de novo.
Desses dois elementos temos as fichas completas com riqueza de detalhes, mas o objetivo deste artigo é apenas demonstrar a farsa da dor dos que se manifestavam em honra de seus parentes, mortos ou desaparecidos pelos “assassinos” e “torturadores” militares que se encontravam naquele dia no Clube Militar, que, diga-se de passagem, não estavam ali para “comemorar” a data histórica de 31 de Março, mas para debater, junto com conferencistas civis, e levar ao público assistente a verdadeira história que a tal “Comissão da Verdade” quer omitir e que não são nem nunca foram acusados de crime algum. E são dados como os citados acima que a tal comissão nega-se, peremptoriamente, não só a ouvir mas permitir que o público tome conhecimento. Será que Carlos Beltrão conhece o passado desse seu tio, um criminoso covarde que assassinava pelas costas, sem qualquer chance de defesa, pessoas que ele considerava seus inimigos? E Luiz Felipe, conhece o que esta gente praticou e de que maneira morreu, ao defendê-las expelindo tanto ódio?
É isto que a tal “comissão” pretende: esconder a verdade dos fatos e usar, mais uma vez, jovens ignorantes e manipuláveis para servir de bucha de canhão para seus propósitos sórdidos, mas, como a mentira tem as pernas curtas, não podemos permitir que toda a população permaneça nessa ignorância defendendo bandidos sanguinários como se fossem vítimas imoladas no altar da liberdade e da democracia.
Assista ao video:  http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pU08Qu2BjTY

quarta-feira, 24 de julho de 2013

“Desvio de verbas da saúde” praticado por Aécio Neves quando governador de Minas!!!

Este post é especialmente destinado aos leitores que me cobram comentar o suposto “desvio de verbas da saúde” praticado por Aécio Neves quando governador de Minas.
Por Ricardo Setti.



Aécio Neves: acusação nada tem com ladroagem -- e nem sequer foi julgada. O senador vê "viés político" no processo (Foto: Pedro França / Agência Senado)
Amigas e amigos do blog, tenho recebido vários supostos “comentários” — excetuado um ou outro, os demais com todas as características de enviados por militantes petistas — que insistem em perguntar por que razão o blog não trata de um suposto “desvio” de 4,3 bilhões de reais de recursos da saúde praticado pelo atual senador Aécio Neves (PSDB) quando governador de Minas Gerais (2003-2010).
Fazem supor que Aécio, como governador, “desviou” dinheiro público.
Seria, portanto, ladrão.
Acho necessário, por isso mesmo, explicar o que está havendo.
O que há é algo a que estão sujeitos quaisquer ex-governantes: a uma ação de iniciativa do Ministério Público de Minas, tendo à frente a promotora Josely Ramos Pontes, que questiona, junto à Justiça, os critérios dos investimentos em saúde feitos por Aécio como governador.
O principal ponto do processo é impugnar que sejam considerados investimentos em saúde, além do dinheiro dos cofres estaduais aplicados no setor, os recursos próprios aplicados pela estatal Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em saneamento.
Além disso, a promotora levanta a possibilidade de que hajam sido transferidos fundos do Tesouro de Minas para a Copasa, o que não seria legal. A Advocacia-Geral da União, que defende perante a Justiça os ex-governadores, já apresentou provas de que não houve transferência de dinheiro — a única forma de o Tesouro de um Estado injetar recursos numa empresa pública é via aumento de capital, o que não ocorreu, segundo a Comissão de Valores Mobiliários, que fiscaliza empresas com capital em bolsa, como é o caso da Copasa.
Foram apresentados também documentos de auditorias realizadas pela própria empresa e por empresas especializadas independentes corroborando que não houve injeção de dinheiro.
MP estadual também processou Itamar pelo mesmo motivo
Diga-se de passagem que não se trata de uma “acusação” apenas contra Aécio. A mesma integrante do Ministério Público mineiro, junto com dois colegas, já havia movido ação semelhante contra o ex-governador e ex-presidente Itamar Franco, falecido em 2011.
De todo modo, a promotora pretende que a Justiça enquadre Aécio por improbidade administrativa (lei nº 8.429, de 1992).

Itamar Franco: o ex-presidente, de reputação ilibada, sofreu o mesmo tipo de processo por seu governo em Minas (Foto: Agência Senado)
Tanto Aécio como o ex-presidente Itamar — cujo processo foi extinto por sua morte, em 2011 — estariam enquadrados na legislação porque teriam deixado de seguir conduta obrigatória, não investindo em saúde os percentuais do Orçamento estadual previstos em lei, mesmo que não tenha havido prejuízo ao Tesouro. Para a promotora, ocorreu um dano moral.
“A acusação é apenas de um suposto desvio de finalidade na utilização dos recursos”, disse Aécio ao blog. “Não existe nenhum centavo desaparecido de nenhum lugar”. Ademais, acrescenta o senador, “os valores referem-se a investimentos em saneamento feitos nas regiões mais pobres do Estado. ( pequenas comunidades dos vales do Jequitinhonha e Mucuri ), o que ajudou a salvar a vida de milhares de crianças pobres”.
O senador considera que o processo tem “claro viés político”.
Governo Lula fez coisa parecida, e foi considerada legal
Se a tese defendida pela promotora valesse, até o governo federal lulopetista teria problemas, uma vez que, durante o lulalato, recursos do programa Fome Zero foram declarados como investimentos em saúde e aceitos sem problemas pelo Tribunal de Contas da União. Vários Estados brasileiros procederam da mesma forma, inclusive Estados com governadores petistas, como o Rio Grande do Sul, com Tarso Genro.
Os percentuais dos orçamentos da União, dos Estados e municípios foram estabelecidos no ano 2000 pela emenda constitucional número 29, aprovada pelo Congresso. Houve, porém, uma grande disputa política pela regulamentação da emenda que se estendeu até no ano passado.
Enquanto a emenda não foi regulamentada, ficou cabendo aos tribunais de contas dos Estados decidir o que podia ou não ser classificado como investimento em saúde. No caso mineiro — como, aliás, nos dos demais Estados na mesma situação –, o Tribunal de Contas considerou regular a conduta do governo. Em Minas, o Tribunal “recomendou”, porém, que se diminuíssem os valores investidos pela estatal de saneamento.
Mas não resta dúvida de que, tecnicamente, Aécio é réu de um processo, o que é muito diferente de considerá-lo ladrão, criminoso ou responsável por improbidade administrativa. No começo do mês passado, julgando ação impetrada pela Advocacia-Geral da União, o Tribunal de Justiça de Minas, em decisão não definitiva, analisou os pressupostos técnicos para a existência da ação e considerou que, sim, eles existem e o processo pode seguir adiante.
Não houve, contudo, nenhuma decisão sobre o mérito da questão.
A campanha em curso na web acusando Aécio de crimes é orquestrada por gente, sobretudo do PT, que quer de toda forma atingir o candidato do PSDB a presidente em 2014. Mas até críticos duríssimos do partido e dos tucanos vêm mostrando que se trata de mentira. Vejam, por exemplo, este link.

JATOS DA FAB: A farra — e revelações sobre a farra — não acaba mais.

Ministro Aldo Rebelo: carona para familiares em jato da FAB (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
Ministro Aldo Rebelo: carona para parentes em jato da FAB para um passeinho em Cuba, enquanto ele cumpria "missão oficial" (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
Vejam só a última do ministro do Esporte, Aldo Rebelo — o mesmo ex-deputado comunista que está participando das negociações que inclui a CBF para que os clubes de futebol recebam uma “anistia” que significará um calote de 3 bilhões de reais aos cofres públicos.
Ê, beleza!…
Texto publicado no site de VEJA
MINISTRO DO ESPORTE LEVOU FAMÍLIA A CUBA EM JATO OFICIAL
Aldo Rebelo deu carona para a mulher e o filho no Carnaval; ministro diz que parentes cumpriram  a programação definida pelo governo cubano
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, levou a mulher e o filho para Cuba, durante o Carnaval, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Aldo viajou para Cuba para fechar um intercâmbio de atletas entre os dois países para os Jogos Olímpicos de 2016. O ministro recebeu diárias de 1.776,25 reais.
Aldo afirmou que os familiares também foram convidados pelo governo cubano. No entanto, nem a mulher nem o filho do ministro representaram o Brasil na missão. Segundo o jornal, na agenda divulgada pelo ministério sobre a viagem a Cuba não constava o nome dos dois como integrantes da comitiva.
O grupo saiu de Brasília em um jatinho Legacy, da Embraer, no dia 9 de fevereiro, fazendo escala em Boa Vista (RR).
O Ministério do Esporte afirmou que a viagem da mulher e do filho de Aldo não acarretou acréscimo ao custo da viagem, já que ambos foram convidados pelo governo de Cuba e cumpriram a programação “definida pelo protocolo cubano”. A pasta reforçou que os familiares foram hospedados pelo governo cubano.
Outros casos
Os presidentes da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, utilizaram as aeronaves da FAB para eventos particulares.
Henrique Alves levou no jatinho oficial parentes e colegas para à final da Copa das Confederações, no dia 15 de junho, no Rio de Janeiro.
Também para assistir à partida no Maracanã, o ministro Garibaldi Alves levou o filho e um empresário de carona no voo oficial.
Calheiros, por sua vez, usou o jatinho da FAB para ir a um casamento na Bahia.